quarta-feira, 5 de março de 2014

A Evolução do Dinheiro


Tenho por hábito reler alguns livros ou trechos de livros no intuito de guardar ou reafirmar conceitos e até mesmo negar ou desmitificar alguns conceitos já ultrapassados. Em uma destas releituras durante o feriado de Carnaval. Fui novamente agraciado com um trecho do livro A Ascensão do Dinheiro(A história financeira do mundo) de autoria do Dr. Nial Ferguson. O livro praticamente conta a história do dinheiro no mundo, iniciando sua aventura no segundo milénio antes de Cristo, passando por tribos astecas, grandes navegações, guerra espanhola e muitos outros fatos histórico até os dias de hoje.

Neste Best-Seller financeiro há um trecho que sempre me provoca impacto e reflexões. O autor faz a seguinte declaração: - “Atualmente, o caráter intangível da maior parte do dinheiro é talvez a melhor evidência da sua verdadeira natureza. O que os conquistadores não conseguiram entender é que o dinheiro é uma questão de confiança, talvez de fé: confiança na pessoa que está pagando, confiança na pessoa que emite o dinheiro que ele usa, ou instituição que honra os seus cheques ou as suas transferências. O dinheiro não é metal. É a confiança registrada. E não parece importar muito onde é registrada: sobre a prata, sobre argila, sobre uma tela de cristal líquido. Tudo serve como dinheiro, das conchas lumache das ilhas Maldivas, aos imensos discos de pedras das ilhas da Yap, no Pacífico. E agora, ao que parece, o nada pode servir como dinheiro também, nessa era eletrônica.”

Os brasileiros estão comemorando, neste mês, os 20 anos do plano Real. Após longos anos de inflação galopante, com várias invenções econômico-financeiras e vários planos e propaganda midiáticas de efeitos devastadores nas economias da família brasileira. Cito alguns para aguçar a curiosidade dos mais novos, por exemplo; Cruzados I e II, Bresser, Verão, tivemos até mesmo confisco de poupança com os planos Collor. Como diz o cantor “recordar é viver” vou parar por aqui, para que não soframos novamente o nosso passado não muito distante.

Retornando ao conceito do Dr. Ferguson, temos que refletir e esforçar-nos para mantermos a nossa moeda de forma confiável e consistente. O retorno da inflação como constatamos em nossas comparas do dia a dia é uma ameaça a estabilidade e a confiabilidade da moeda brasileira.

É dever de todo nós acompanharmos os possíveis impactos que pode sofrer a moeda com políticas e decisões econômicas equivocadas de nossos representantes e comerciantes como um todo. Com o enfraquecimento da moeda na esfera internacional, as possíveis consequências poderá afetar a todos os brasileiros, principalmente os que não tem investimentos em outras moedas ou países.

A insegurança jurídica que tem sido citada em todos os grandes fóruns de investimento é outro aspecto que pode ameaçar a estabilidade da moeda nacional. Considerando que a partir do momento que o investidor nacional ou internacional não se sente seguro com as regras e contratos firmados. É como se o juiz altera-se as regras do jogo, logo após o início da partida. Com certeza os jogadores, ou seja, os investidores irão participar de outro jogo ou em outro campo(país).

Querendo saber mais informações, mande suas dúvidas para crenatoalmeida@gmail.com
Saúde e Sucesso a todos que me leem.
Carlos Renato é Contador
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