Esta semana um sobrinho de 08 anos, ao escutar minha conversa com o seu pai sobre ações, me fez a seguinte pergunta: “ - Tio poderia me explicar como funciona esta tal de ação?”
Neste momento gelei, como irei explicar para uma criança de 08 anos, o que são ações de uma empresa. Então, lembrei-me de um exemplo, no qual o autor explica ações como se fosse a receita de um bolo. Sempre que falo em bolo referindo-me a economia ou finanças recordo-me do discurso, do então ministro da economia, Delfim Neto, que dizia, que primeiro o governo deve fazer o bolo crescer, para depois dividi-lo entre os cidadãos. Já se vão mais de 30 anos deste discurso, e ainda não vi a divisão do bolo, mas este é assunto para outro texto mais profundo e reflexivo.
Voltando ao questionamento de meu sobrinho. Tentei explicar-lhe da seguinte forma:
- Imagine se todas as pessoas da família reunissem para fazer um bolo. Cada um dos tios comprasse um ingrediente do bolo, por exemplo, o tio Paulo compraria a farinha, o tio Victor o leite, o tio Vinícius o chocolate e assim todos os demais tios comprassem algo para o nosso bolo.
Imagine também, se cada uma das tias participasse com o mão-de-obra, ou seja, a tia Vera peneirasse a farinha, a tia Lu misturasse a massa, a tia Fátima fizesse a decoração do bolo. O Vovô e a Vovó ficariam responsáveis pelo forno, o gás e a energia elétrica necessária para ligar a batedeira e para assar o bolo.
Você está entendendo? Perguntei. Ele estava igual a uma coruja, com olhos arregalados e prestando a maior atenção, disse: “- sim tio, pode continuar”.
Bem, continuei eu, como você escutou na conversa que tive com o seu pai, existem ações Preferenciais Nominativas (PN) e ações Ordinárias Nominativas (ON). Para você entender, digamos que os tios são as ações Preferências, pois eles não interferem no modo como o bolo será feito, apenas fornecem a matéria prima ou o capital(dinheiro). As tias e os avós são os acionistas Ordinários, pois eles influenciam no modo como o bolo é feito, quanto tempo ficará no forno, a quantidade de ingredientes que utilizará no bolo, quantos ovos, a quantidade de leite e fermento, qual será o enfeite, etc.
A grande diferença entre os tios (PN) e as tias (ON) é que quando o bolo ficar pronto os tios (PN) serão os primeiros a receber seu pedaço do bolo, proporcional ao gasto que teve para comprar o ingrediente para o bolo. As tias (ON) por terem influenciado diretamente na feitura do bolo, e ter trabalhado com o capital(dinheiro) de terceiros(tios). Terão direito a sua fatia de bolo, somente após ter remunerado, em forma de bolo, os tios, que arriscaram o seu dinheiro na realização do bolo, que poderia dar certo ou não, sem que os mesmos possam influenciar no modo de fazer o bolo.
De repente ele solta, aquelas pérolas, que somente uma criança é capaz de dizer:
- Tio, nós podemos ir a padaria e comprar umas ações, pois esta conversa de bolo deu a maior fome. Eu quero um pedaço de bolo bem grande, igual a do sócio majoritário.
Caímos todos na risada e fomos satisfazer a vontade de nosso futuro acionista se não da Bovespa ao menos da MIXPÃO.
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segunda-feira, 5 de março de 2012
sábado, 17 de dezembro de 2011
Retrospectiva Financeira 2011
Há 01 (um) ano, fui agraciado com a publicação de meu primeiro artigo no Jornal do Castelo, intitulado “Os perigos Natalinos”. Desta publicação em diante, abri uma nova perspectiva de como ajudar as pessoas, que estão á minha volta, as que não conheço e principalmente as que não tiveram a oportunidades de ter a mesma educação financeira, que recebi quando criança e que foi aprimorada com o a graduação em Ciências Contábeis e duas pós-graduações na áreas de controladoria, finanças e auditoria contábil e também ao longo de minhas quatro décadas de vida. Diante disto, resolvi neste artigo fazer um compêndio dos textos publicados, neste jornal, durante o ano de 2011, ou seja, um breve relato com suas ideias principais. Espero que ajude o leitor a relembrar alguns conceitos, para começar com o pé direito o ano 2012. Vamos relembrar? Então vejamos:
• Os Perigos Natalinos - Dez/2010;
O texto aborda a grande idéia comercial, que foi transformar uma festividade Cristã em capital, dinheiro, crédito e assim, começou a divulgação da necessidade de grandes festas com consumo muito além dos padrões do dia-a-dia, e as trocas de presentes. As dicas financeiras sugerem o como utilizar o 13º salário, quitar as dívidas antes de contrair novas dividas, fazer poupança para as despesas do início do ano.
• Janeiro Mês dos I’s - Jan/2011;
Abordamos no mês de janeiro o assunto tributos, sendo os principais IPVA e suas taxas, IPTU e ITR. Falamos sobre seus percentuais e seus objetivos.
• A origem do Leão do Imposto de Renda – Mar/2011;
Novamente falamos sobre tributos, pois como é sabido, trabalhamos grande parte do ano, somente para pagar impostos, contribuições, taxas e etc. Abordamos também várias dicas de como amenizar a mordida do leão, pois o Leão é manso, mas não é bobo.
• De empregado à Acionista – Abr/2011;
Descrevi neste texto a experiência de um empregado, de uma grande empresa, que após vários anos de trabalho, resolveu adquirir ações da empresa em que trabalhava e hoje se senta a mesa de reunião com o presidente e os diretores da empresa. Graças a uma mudança radical no modo de ver o mundo corporativo.
• Fuja do Monstro do Saldo Devedor – Mai/2011;
A idéia principal, neste nosso texto, foi passar algumas dicas e técnicas para que você consiga sair das garras do monstro do Saldo Devedor sem grandes avarias ou danos irreparáveis. A regra de ouro é não desesperar-se, pois o ataque do monstro pode ser passageiro ou definitivo. A diferença entre o primeiro e o segundo dependerá somente de suas atitudes diante do ataque do Monstro.
• Como Treinar Seu Dragão – Jun/2011;
Neste artigo falamos do temido Dragão da Inflação e sobre como criar o seu próprio índice inflacionário.
• Rumo ao Tesouro – Jul/2011;
Inspirados no filme Navegando em Águas Misteriosas, do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), abordamos as aplicações financeiras no TESOURO DIRETO, suas vantagens e desvantagens.
• Conselhos de Pai – Ago/2011;
Diante da temática de dias dos pais, conversamos sobre a importância de aprendermos com nossos pais, que viveram em épocas diferentes a nossas em que a vida não era tão consumista como nos dias de hoje.
• As Peneiras das Finanças – Set/2011;
Abordamos as finanças com olhar filosófico de Sócrates e de suas parábolas das três peneiras, que transformamos em cinco peneiras, a saber: a Peneira da Verdade, da Bondade, da Utilidade, do Tempo e a de Prometheu.
• A Lenda do Pula Essa – Out/2011;
Lenda criada a partir de fato real, presenciado por mim. O texto aborda a necessidade e a importância de se ler todas as cláusulas do contrato e seus possíveis reflexos.
• A Espera de 2012 – Nov/2011;
Neste texto temos as últimas dicas de finanças do ano de 2011 e também as primeiras dicas do ano de 2012.
A integra de todos os textos estão disponíveis no Blog.Agradeço a todos os amigos leitores.
Desejo a todos que me leem Saúde, Sucesso, um próspero Natal e um excelente 2012.
Carlos Renato
crenatoalmeida@gmail.com
• Os Perigos Natalinos - Dez/2010;
O texto aborda a grande idéia comercial, que foi transformar uma festividade Cristã em capital, dinheiro, crédito e assim, começou a divulgação da necessidade de grandes festas com consumo muito além dos padrões do dia-a-dia, e as trocas de presentes. As dicas financeiras sugerem o como utilizar o 13º salário, quitar as dívidas antes de contrair novas dividas, fazer poupança para as despesas do início do ano.
• Janeiro Mês dos I’s - Jan/2011;
Abordamos no mês de janeiro o assunto tributos, sendo os principais IPVA e suas taxas, IPTU e ITR. Falamos sobre seus percentuais e seus objetivos.
• A origem do Leão do Imposto de Renda – Mar/2011;
Novamente falamos sobre tributos, pois como é sabido, trabalhamos grande parte do ano, somente para pagar impostos, contribuições, taxas e etc. Abordamos também várias dicas de como amenizar a mordida do leão, pois o Leão é manso, mas não é bobo.
• De empregado à Acionista – Abr/2011;
Descrevi neste texto a experiência de um empregado, de uma grande empresa, que após vários anos de trabalho, resolveu adquirir ações da empresa em que trabalhava e hoje se senta a mesa de reunião com o presidente e os diretores da empresa. Graças a uma mudança radical no modo de ver o mundo corporativo.
• Fuja do Monstro do Saldo Devedor – Mai/2011;
A idéia principal, neste nosso texto, foi passar algumas dicas e técnicas para que você consiga sair das garras do monstro do Saldo Devedor sem grandes avarias ou danos irreparáveis. A regra de ouro é não desesperar-se, pois o ataque do monstro pode ser passageiro ou definitivo. A diferença entre o primeiro e o segundo dependerá somente de suas atitudes diante do ataque do Monstro.
• Como Treinar Seu Dragão – Jun/2011;
Neste artigo falamos do temido Dragão da Inflação e sobre como criar o seu próprio índice inflacionário.
• Rumo ao Tesouro – Jul/2011;
Inspirados no filme Navegando em Águas Misteriosas, do capitão Jack Sparrow (Johnny Depp), abordamos as aplicações financeiras no TESOURO DIRETO, suas vantagens e desvantagens.
• Conselhos de Pai – Ago/2011;
Diante da temática de dias dos pais, conversamos sobre a importância de aprendermos com nossos pais, que viveram em épocas diferentes a nossas em que a vida não era tão consumista como nos dias de hoje.
• As Peneiras das Finanças – Set/2011;
Abordamos as finanças com olhar filosófico de Sócrates e de suas parábolas das três peneiras, que transformamos em cinco peneiras, a saber: a Peneira da Verdade, da Bondade, da Utilidade, do Tempo e a de Prometheu.
• A Lenda do Pula Essa – Out/2011;
Lenda criada a partir de fato real, presenciado por mim. O texto aborda a necessidade e a importância de se ler todas as cláusulas do contrato e seus possíveis reflexos.
• A Espera de 2012 – Nov/2011;
Neste texto temos as últimas dicas de finanças do ano de 2011 e também as primeiras dicas do ano de 2012.
A integra de todos os textos estão disponíveis no Blog.Agradeço a todos os amigos leitores.
Desejo a todos que me leem Saúde, Sucesso, um próspero Natal e um excelente 2012.
Carlos Renato
crenatoalmeida@gmail.com
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Dicas de Contratos ou a Lenda do Pula Essa
Há muitos anos, numa época em que os animais falavam e todos se entendiam perfeitamente, antes da torre da babel animalística, que fez com que cada espécie de animal falasse um “idioma” próprio, até mesmo antes de inventarem a cadeia alimentar. Os animais da floresta viviam em perfeita paz e todos tinham um relacionamento cordial.
Na reserva florestal de Peti vivia um mico muito engraçado, pelo qual, todos os demais animais tinham grande consideração. O mico era conhecido por seu apelido, Xico, todos na floresta o chamavam de Xico o mico.
Apesar de ser um mico de um grande coração, como se fosse um gorila, pois era muito bondoso e sempre divertia muito as animais ao seu redor, nosso amigo Xico não era muito controlado em suas finanças pessoais e como bom mico tinha que dar seus pulos, mas Xico dava seus pulos de galho em galho para tentar sobreviver aos descontroles financeiros e aos gastos excessivos. Pulava do galho do Brasil para o galho do Itaú e do galho do Itaú para do Bradesco e sempre que podia pedia empréstimos ao elefante chamado Jumbão, que era um grande poupador e investidor com quem a macacada fazia sua poupança para o futuro e para os momentos das vacas magras. O Jumbão sempre emprestava um dinheiro para Xico o mico, mas logo o nosso amigo já estava em apuros novamente.
Em uma de suas aventuras Xico resolveu fazer um seguro residencial de sua toca, pela primeira vez Xico havia pensado com um financista e não como um consumista e o melhor de toda a mudança, antes de fechar o contrato com o galho do Brasil, nosso amigo Xico resolver consultar o Dr. Girafa, que era o melhor advogado direito financeiro da floresta. Os dois eram muito amigos e o Dr. Girafa sempre dava bons conselhos ao mico, mas Xico nunca o escutava. Foi com muita satisfação que o Dr. Girafa recebeu Xico em seu escritório. Então Xico pegou o contrato do seguro e entregou ao Dr. Girafa solicitando que o ajudasse. Com o contrato “em mãos” o Dr. Girafa disse ao mico Xico:
-Bem, Xico na cláusula segunda o contrato diz.
Imediamente Xico o interrompeu e disse:
- Pula essa.
Continuando a análise o Dr. Girafa disse:
-Na cláusula nona.
Novamente interrompido pelo mico, que disse:
- Pula essa também.
A cena se repetiu por aproximadamente treze vezes. No final do contrato o Dr. Girafa, já cansado de escutar o chavão “pula essa” disse ao mico:
- Com exceção das 13 cláusulas “pula essa” este é um contrato padrão.
“E então, um dia, uma forte chuva veio. E acabou com o trabalho de um ano inteiro”, como diria a banda Titãs, a chuva alagou e destelhou a toca do Mico Xico. Mas isto não abalou Xico, pois ele tinha feito seguro, entretanto o lobo vendedor de seguros não quis ressarcir os danos do nosso amigo Mico. Com a negativa do seguro, Xico foi direto ao Dr. Girafa solicitar que processa-se o lobo e a seguradora, mas para decepção do pequeno primata, o seu advogado foi objetivo e direto, dizendo:
- Caro Mico Xico, pula essa.
O Advogado explicou ao Mico, que estes eventos da natureza, não tinham previsão de ressarcimento no seguro, conforme uma das cláusulas puladas.
E mais uma vez, o Dr. Girafa ensinou as algumas dicas para o Mico. Nas próximas contratações de seguro ou qualquer outro serviço, observe os seguintes itens:
• Identificação dos envolvidos no contrato;
• Identificação do objeto do contrato entre comprador e vendedor
• Preço, forma de pagamento, juros e correções;
• Referência ao empréstimo solicitado, ou a solicitar, ao banco para a compra do bem;
• Indicação explícita de que o objeto a ser vendido está livre de ônus e encargos;
• Local e data da assinatura do contrato de compra e venda;
• Muita atenção as cláusulas específicas do contrato de compra e venda, pois são elas as grandes vilãs;
• Penalizações das partes caso o descumprimento das cláusulas;
A mais importante de todas as dicas é aprender com erros. Temos certeza que nosso amigo Mico Xico não mais colocará a mão na cumbuca, pois como diz o ditado:
- macaco velho não põe a mão em cumbuca.
Saúde e sucesso a todos que me leem.
Carlos Renato é Contador
crenatoalmeida@gmail.com
http://casrenato.blogspot.com
Na reserva florestal de Peti vivia um mico muito engraçado, pelo qual, todos os demais animais tinham grande consideração. O mico era conhecido por seu apelido, Xico, todos na floresta o chamavam de Xico o mico.
Apesar de ser um mico de um grande coração, como se fosse um gorila, pois era muito bondoso e sempre divertia muito as animais ao seu redor, nosso amigo Xico não era muito controlado em suas finanças pessoais e como bom mico tinha que dar seus pulos, mas Xico dava seus pulos de galho em galho para tentar sobreviver aos descontroles financeiros e aos gastos excessivos. Pulava do galho do Brasil para o galho do Itaú e do galho do Itaú para do Bradesco e sempre que podia pedia empréstimos ao elefante chamado Jumbão, que era um grande poupador e investidor com quem a macacada fazia sua poupança para o futuro e para os momentos das vacas magras. O Jumbão sempre emprestava um dinheiro para Xico o mico, mas logo o nosso amigo já estava em apuros novamente.
Em uma de suas aventuras Xico resolveu fazer um seguro residencial de sua toca, pela primeira vez Xico havia pensado com um financista e não como um consumista e o melhor de toda a mudança, antes de fechar o contrato com o galho do Brasil, nosso amigo Xico resolver consultar o Dr. Girafa, que era o melhor advogado direito financeiro da floresta. Os dois eram muito amigos e o Dr. Girafa sempre dava bons conselhos ao mico, mas Xico nunca o escutava. Foi com muita satisfação que o Dr. Girafa recebeu Xico em seu escritório. Então Xico pegou o contrato do seguro e entregou ao Dr. Girafa solicitando que o ajudasse. Com o contrato “em mãos” o Dr. Girafa disse ao mico Xico:
-Bem, Xico na cláusula segunda o contrato diz.
Imediamente Xico o interrompeu e disse:
- Pula essa.
Continuando a análise o Dr. Girafa disse:
-Na cláusula nona.
Novamente interrompido pelo mico, que disse:
- Pula essa também.
A cena se repetiu por aproximadamente treze vezes. No final do contrato o Dr. Girafa, já cansado de escutar o chavão “pula essa” disse ao mico:
- Com exceção das 13 cláusulas “pula essa” este é um contrato padrão.
“E então, um dia, uma forte chuva veio. E acabou com o trabalho de um ano inteiro”, como diria a banda Titãs, a chuva alagou e destelhou a toca do Mico Xico. Mas isto não abalou Xico, pois ele tinha feito seguro, entretanto o lobo vendedor de seguros não quis ressarcir os danos do nosso amigo Mico. Com a negativa do seguro, Xico foi direto ao Dr. Girafa solicitar que processa-se o lobo e a seguradora, mas para decepção do pequeno primata, o seu advogado foi objetivo e direto, dizendo:
- Caro Mico Xico, pula essa.
O Advogado explicou ao Mico, que estes eventos da natureza, não tinham previsão de ressarcimento no seguro, conforme uma das cláusulas puladas.
E mais uma vez, o Dr. Girafa ensinou as algumas dicas para o Mico. Nas próximas contratações de seguro ou qualquer outro serviço, observe os seguintes itens:
• Identificação dos envolvidos no contrato;
• Identificação do objeto do contrato entre comprador e vendedor
• Preço, forma de pagamento, juros e correções;
• Referência ao empréstimo solicitado, ou a solicitar, ao banco para a compra do bem;
• Indicação explícita de que o objeto a ser vendido está livre de ônus e encargos;
• Local e data da assinatura do contrato de compra e venda;
• Muita atenção as cláusulas específicas do contrato de compra e venda, pois são elas as grandes vilãs;
• Penalizações das partes caso o descumprimento das cláusulas;
A mais importante de todas as dicas é aprender com erros. Temos certeza que nosso amigo Mico Xico não mais colocará a mão na cumbuca, pois como diz o ditado:
- macaco velho não põe a mão em cumbuca.
Saúde e sucesso a todos que me leem.
Carlos Renato é Contador
crenatoalmeida@gmail.com
http://casrenato.blogspot.com
quarta-feira, 23 de março de 2011
De Empregado á Acionista
Carlos Renato de Almeida
Há vinte anos trabalho em uma empresa de capital aberto, as empresas de capital aberto são as que têm suas ações listadas em bolsa de valores, no caso das empresas brasileiras as ações são negociadas na Bovespa, que é a bolsa de mercado e valores de São Paulo.
Sempre tive certo temor de aplicações em bolsa de valores, pois mesmo tendo formação acadêmica em Ciências Contábeis, muitos professores conservadores, pintavam o investimento em ações como uma verdadeira roleta russa.
Para agravar um pouco mais a resistência ao mundo do investimento de renda variável (como são chamadas as ações, devido a sua característica de variação constante) trago comigo uma posição política mais a esquerda, por influência familiar , de uma irmã mais velha, que sempre foi simpatizante do PCB, fazendo parte por muitos anos da Associação de Professores Públicos de Minas Gerais - APPMG, do qual organizou e participou de várias passeatas nos anos de chumbo da ditadura. Tenho muito orgulho de minha irmã de saber que ela ajudou a construir um país melhor para os meus filhos.
Somado a estes fatos, o discurso do sindicato, do qual fui afiliado durante grande parte de meu tempo de empresa sempre acusavam os acionistas ou o governo como culpado de todos o problemas profissionais. No caso específico da minha empresa, o governo é o maior acionista da empresa, ou seja, o grande culpado era um só.
Este modo de pensar e ver o mundo me acompanhou durante um longo tempo. Até que em um belo dia, recebi um e-mail sobre uma feira de investimentos denominada Expo - Money, na qual a empresa em que trabalho iria participar e o melhor os ingressos eram gratuitos. Solicitei um par de ingressos e fomos a Expo - Money, eu e minha esposa.
Assisti a várias palestras, mas uma em especial mudou minha forma de ver o mundo dos investimentos. A palestra da economista e jornalista Rita Mundim, que abordou o assunto de renda variável, mais especificamente ações como investimento de longo prazo, não sei se foi o acaso ou algo assim, mas a empresa que ela utilizou como exemplo foi justamente a empresa em que trabalho. Ela citou alguns clientes e amigos, que acumularam seu primeiro milhão graças à empresa na qual trabalho.
Aquela noite de sexta-feira para sábado foi uma noite turbulenta e transformadora, pois a palestra levou-me a refletir sobre os meus conceitos sobre investimentos. Vários questionamentos em assombraram naquela noite. Seria mesmo um bom caminho financeiro a seguir? Os meus professores estavam equivocados? Minha ideologia era uma falácia?
Ao amanhecer fui para a sala de estudos e comecei a rever alguns fatos e momentos, que alteraram meu relacionamento com o mundo das finanças, o qual vinha praticando até então, cito alguns dos pontos de reflexão:
• Os professores na década de 90 estavam acostumados com inflação galopante e falta de seriedade nas políticas econômicas;
• O Socialismo já não era mais uma alternativa, pois a União Soviética e a China já haviam se entregado a força do capitalismo.
• O sindicato sempre discursava que quem ficava com os lucros da empresa eram os acionistas. Porque não se tornar um deles?
• O discurso da empresa era sempre o de remunerar bem os acionistas, pois o capital era deles e deveriam ter o retorno do seu capital. Porque não se tornar um deles?
• No estatuto da empresa é garantido uma remuneração mínima, mesmo que haja prejuízo.
• O plano Collor confiscou todos os valores depositados na poupança acima de NCz$50mil (Cruzado novo). Logo a poupança que é o investimento mais seguro dos riscos de mercado, entretanto não confiscou as ações.
Diante de todas estas ponderações na segunda-feira procurei uma corretora de valores e adquiri todo o meu 13º salário em ações da empresa em que trabalho. Agora além de meu salário mensal, ainda recebo dividendos, juros sobre o capital próprio e a valorização de mercado das ações.
Por último, mas não menos importante, no mínimo uma vez ao ano participo da Assembleia Geral Ordinária – AGO, da qual participam também os diretores e acionistas, conforme previsto na lei 6.404/76 em seu Art. 132.” Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia-geral para: I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso; IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital.”
Espero que esta história possam leva-lós a refletir sobre o mercado de ações e sobre o investimento em suas próprias empresas, pois ninguém melhor do que o empregado da empresa para saber se a empresa tem futuro promissor ou não.
Saúde e sucesso a todos que me leem.
Carlos Renato é Contador
http://twitter.com/Casrenato
http://8666.blogspot.com
Há vinte anos trabalho em uma empresa de capital aberto, as empresas de capital aberto são as que têm suas ações listadas em bolsa de valores, no caso das empresas brasileiras as ações são negociadas na Bovespa, que é a bolsa de mercado e valores de São Paulo.
Sempre tive certo temor de aplicações em bolsa de valores, pois mesmo tendo formação acadêmica em Ciências Contábeis, muitos professores conservadores, pintavam o investimento em ações como uma verdadeira roleta russa.
Para agravar um pouco mais a resistência ao mundo do investimento de renda variável (como são chamadas as ações, devido a sua característica de variação constante) trago comigo uma posição política mais a esquerda, por influência familiar , de uma irmã mais velha, que sempre foi simpatizante do PCB, fazendo parte por muitos anos da Associação de Professores Públicos de Minas Gerais - APPMG, do qual organizou e participou de várias passeatas nos anos de chumbo da ditadura. Tenho muito orgulho de minha irmã de saber que ela ajudou a construir um país melhor para os meus filhos.
Somado a estes fatos, o discurso do sindicato, do qual fui afiliado durante grande parte de meu tempo de empresa sempre acusavam os acionistas ou o governo como culpado de todos o problemas profissionais. No caso específico da minha empresa, o governo é o maior acionista da empresa, ou seja, o grande culpado era um só.
Este modo de pensar e ver o mundo me acompanhou durante um longo tempo. Até que em um belo dia, recebi um e-mail sobre uma feira de investimentos denominada Expo - Money, na qual a empresa em que trabalho iria participar e o melhor os ingressos eram gratuitos. Solicitei um par de ingressos e fomos a Expo - Money, eu e minha esposa.
Assisti a várias palestras, mas uma em especial mudou minha forma de ver o mundo dos investimentos. A palestra da economista e jornalista Rita Mundim, que abordou o assunto de renda variável, mais especificamente ações como investimento de longo prazo, não sei se foi o acaso ou algo assim, mas a empresa que ela utilizou como exemplo foi justamente a empresa em que trabalho. Ela citou alguns clientes e amigos, que acumularam seu primeiro milhão graças à empresa na qual trabalho.
Aquela noite de sexta-feira para sábado foi uma noite turbulenta e transformadora, pois a palestra levou-me a refletir sobre os meus conceitos sobre investimentos. Vários questionamentos em assombraram naquela noite. Seria mesmo um bom caminho financeiro a seguir? Os meus professores estavam equivocados? Minha ideologia era uma falácia?
Ao amanhecer fui para a sala de estudos e comecei a rever alguns fatos e momentos, que alteraram meu relacionamento com o mundo das finanças, o qual vinha praticando até então, cito alguns dos pontos de reflexão:
• Os professores na década de 90 estavam acostumados com inflação galopante e falta de seriedade nas políticas econômicas;
• O Socialismo já não era mais uma alternativa, pois a União Soviética e a China já haviam se entregado a força do capitalismo.
• O sindicato sempre discursava que quem ficava com os lucros da empresa eram os acionistas. Porque não se tornar um deles?
• O discurso da empresa era sempre o de remunerar bem os acionistas, pois o capital era deles e deveriam ter o retorno do seu capital. Porque não se tornar um deles?
• No estatuto da empresa é garantido uma remuneração mínima, mesmo que haja prejuízo.
• O plano Collor confiscou todos os valores depositados na poupança acima de NCz$50mil (Cruzado novo). Logo a poupança que é o investimento mais seguro dos riscos de mercado, entretanto não confiscou as ações.
Diante de todas estas ponderações na segunda-feira procurei uma corretora de valores e adquiri todo o meu 13º salário em ações da empresa em que trabalho. Agora além de meu salário mensal, ainda recebo dividendos, juros sobre o capital próprio e a valorização de mercado das ações.
Por último, mas não menos importante, no mínimo uma vez ao ano participo da Assembleia Geral Ordinária – AGO, da qual participam também os diretores e acionistas, conforme previsto na lei 6.404/76 em seu Art. 132.” Anualmente, nos 4 (quatro) primeiros meses seguintes ao término do exercício social, deverá haver 1 (uma) assembléia-geral para: I - tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras; II - deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e a distribuição de dividendos; III - eleger os administradores e os membros do conselho fiscal, quando for o caso; IV - aprovar a correção da expressão monetária do capital.”
Espero que esta história possam leva-lós a refletir sobre o mercado de ações e sobre o investimento em suas próprias empresas, pois ninguém melhor do que o empregado da empresa para saber se a empresa tem futuro promissor ou não.
Saúde e sucesso a todos que me leem.
Carlos Renato é Contador
http://twitter.com/Casrenato
http://8666.blogspot.com
sábado, 8 de janeiro de 2011
A origem do Leão (Imposto de Renda)
Quando se fala de imposto de renda umas das primeiras coisas que nós veem a cabeça e a figura do Leão. Sempre me perguntei por que um Leão, se estamos no Brasil, e aqui em nossas terras Brasilis/Tupiniquim, não existe e nunca existiu tal felino.
A curiosidade me corroia há algum tempo, então fui ao grande Oráculo, também chamado de Google e após várias pesquisas sem pé, nem cabeça, me deparei com uma explicação que me pareceu possível. Segundo o documento que encontrei na década de 70, a Secretaria da Receita Federal, encomendou uma campanha publicitária para divulgar o programa de Imposto de Renda (IR). A proposta ganhadora foi a que propunha um Leão como símbolo, a idéia não foi bem aceita no primeiro momento, mas com explicações, que seguem abaixo, a idéia recebeu vários adeptos. As justificativas foram às seguintes:
1) O leão é o rei dos animais, mas não ataca sem avisar;
2) É justo e leal;
3) É manso, mas não é bobo.
Aproveitemos o assunto para conversar sobre alguns pontos de atenção no momento de fazer a declaração do imposto de renda.
• Declare todas as fontes pagadoras(renda) recebidas por empresas ou pessoas físicas. Ex:. pensão, salários, alugueis, mesmo que os valores sejam pequenos e não tenha havido retenção na fonte.
• Ao informar valores de rescisões trabalhistas atenção redobrada, pois costumam ter rendimentos tributáveis, não tributáveis e isentos. Lembre-se: o Leão costuma passar um pente-fino nessas declarações devido ao grande número de divergências nos dados.
• Caso haja dependentes (filho, netos, pais), informe seus rendimentos tributáveis ou não. Se o dependente for maior de 18 anos até o final de 2010, é obrigatório indicar o CPF do dependente, nestes casos, o programa da receita cruza as informações entre declarante, dependentes e fontes pagadoras.
• Declare todos os saldos bancários, os imóveis, veículos seus e dos dependentes(caso tenham sidos declarados).
• Nas transações imobiliárias ou de veículos, comprador e vendedor têm de declarar o valor efetivo da transação;
• Os pagamentos dedutíveis (despesas médicas, escolas, contribuições previdenciárias, pensões alimentícias,etc.), devem ter comprovantes fiscais, caso seja questionado no futuro.
• Caso o declarante pague pensão alimentícia, não poderá declarar o beneficiário como dependente. Este procedimento, caso ocorra será considerado sonegação fiscal.
• O abatimento da contribuição ao INSS, recolhido pelo empregador referente ao empregado doméstico, está condicionado à comprovação do vinculo empregatício;
• Caso você faça doações para instituições de caridade ou ONG’s, somente as doações ao Estatuto da Criança e do Adolescente e de incentivo à cultura e à atividade audiovisual são aceitas como dedução.
• Antes de fechar a declaração faça o simulado entre a declaração completa e resumida. Teste os valores a pagar de imposto para declaração individual ou em conjunto. Verifique também a lista de “pendências” para corrigir eventuais erros.
Lembre-se se você esta recolhendo valores mais altos de IR nos últimos anos, e porque suas receitas também tem aumentado. Silvio Santos é o maior contribuinte do imposto de renda no Brasil, como foi divulgado pela mídia após o escândalo do banco Panamericano, não é por acaso.
Desejo a todos que me leem muita Saúde e Sucesso.
Carlos Renato
http://www.twitter.com/Casrenato
A curiosidade me corroia há algum tempo, então fui ao grande Oráculo, também chamado de Google e após várias pesquisas sem pé, nem cabeça, me deparei com uma explicação que me pareceu possível. Segundo o documento que encontrei na década de 70, a Secretaria da Receita Federal, encomendou uma campanha publicitária para divulgar o programa de Imposto de Renda (IR). A proposta ganhadora foi a que propunha um Leão como símbolo, a idéia não foi bem aceita no primeiro momento, mas com explicações, que seguem abaixo, a idéia recebeu vários adeptos. As justificativas foram às seguintes:
1) O leão é o rei dos animais, mas não ataca sem avisar;
2) É justo e leal;
3) É manso, mas não é bobo.
Aproveitemos o assunto para conversar sobre alguns pontos de atenção no momento de fazer a declaração do imposto de renda.
• Declare todas as fontes pagadoras(renda) recebidas por empresas ou pessoas físicas. Ex:. pensão, salários, alugueis, mesmo que os valores sejam pequenos e não tenha havido retenção na fonte.
• Ao informar valores de rescisões trabalhistas atenção redobrada, pois costumam ter rendimentos tributáveis, não tributáveis e isentos. Lembre-se: o Leão costuma passar um pente-fino nessas declarações devido ao grande número de divergências nos dados.
• Caso haja dependentes (filho, netos, pais), informe seus rendimentos tributáveis ou não. Se o dependente for maior de 18 anos até o final de 2010, é obrigatório indicar o CPF do dependente, nestes casos, o programa da receita cruza as informações entre declarante, dependentes e fontes pagadoras.
• Declare todos os saldos bancários, os imóveis, veículos seus e dos dependentes(caso tenham sidos declarados).
• Nas transações imobiliárias ou de veículos, comprador e vendedor têm de declarar o valor efetivo da transação;
• Os pagamentos dedutíveis (despesas médicas, escolas, contribuições previdenciárias, pensões alimentícias,etc.), devem ter comprovantes fiscais, caso seja questionado no futuro.
• Caso o declarante pague pensão alimentícia, não poderá declarar o beneficiário como dependente. Este procedimento, caso ocorra será considerado sonegação fiscal.
• O abatimento da contribuição ao INSS, recolhido pelo empregador referente ao empregado doméstico, está condicionado à comprovação do vinculo empregatício;
• Caso você faça doações para instituições de caridade ou ONG’s, somente as doações ao Estatuto da Criança e do Adolescente e de incentivo à cultura e à atividade audiovisual são aceitas como dedução.
• Antes de fechar a declaração faça o simulado entre a declaração completa e resumida. Teste os valores a pagar de imposto para declaração individual ou em conjunto. Verifique também a lista de “pendências” para corrigir eventuais erros.
Lembre-se se você esta recolhendo valores mais altos de IR nos últimos anos, e porque suas receitas também tem aumentado. Silvio Santos é o maior contribuinte do imposto de renda no Brasil, como foi divulgado pela mídia após o escândalo do banco Panamericano, não é por acaso.
Desejo a todos que me leem muita Saúde e Sucesso.
Carlos Renato
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