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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Conselhos de Pai

Em meados de agosto, é comemorado o dias dos pais, sempre no segundo domingo do mês. O dia dos pais, como em outros dias festivos, a exemplo o dia das mães, dia dos namorados e outros. Existe um grande apelo comercial, quando várias pessoas vão aos shoppings, lojas, livrarias e comércio em geral, para adquirirem um presente para seu pai, avô, tio ou até mesmo aquele amigo mais velho, que consideramos como um pai na vida profissional ou pessoal.

Como seria de se esperar de um artigo de finanças pessoais a dica é para não comprar, se comprar, não gaste além do razoável e não se endivide. Caso de endivide siga as dicas dos artigos anteriores, e saía do saldo devedor, o mais rápido possível. Pois os juros não são de pai para filho.

A grande verdade é que, com os pais, quem sempre ganha o melhor presente, somos nós, os filhos. Todo pai sempre tem um bom conselho financeiro para nós dar, independente de sua formação cultural, religiosa ou situação financeira. O problema é que muitos de nós, não os escutamos ou quando resolvemos aproveitar o conselho, já perdemos a oportunidade. Mas nunca é tarde, para mudarmos de postura e aprender com nossos erros.

Descrevo os conselhos e exemplo de alguns pais, sobre educação financeira. Alguns dos conselhos, não são necessariamente para os seus próprios filhos, e sim para todos, que queiram aprender, com alguém que tem uma maior vivência e experiência.

“A contabilidade é a língua dos negócios”_ Warren Buffett

Este foi o conselho dado por Buffett, o maior investidor da atualidade, para a filha de um de seus parceiros de negócios, quando inquirido sobre qual curso deveria fazer na faculdade. Para ele, se você não sabe ler o placar, não sabe como anda o jogo e não consegue distinguir a boa empresa, da ruim. Considerando o placar neste caso as demonstrações financeiras.

“O país tem que parar de achar que ajuste fiscal é feito durante um período de transição para se conquistar o direito de nova gastança. Austeridade fiscal é para o resto da vida” – Gustavo Franco

Este conselho de Gustavo Franco foi dado em entrevista à repórter Miriam Leitão em 23/05/1999. O Conselho era direcionado ao governo à época, mas é valido para todos nós, pois ao sairmos de um período difícil financeiramente, temos que continuar o controle das “gastanças” e não voltarmos a etapa anterior.

Entretanto, o melhor exemplo que trago comigo, é do Sr. Benedito, meu pai, que nos idos dos anos 60, época em que o machismo imperava. Logo nos primeiros anos de casamento, tendo esposa e 3 filhos para alimentar e trabalhando em uma empresa de cimento, que hoje virou shopping. Ele deparou-se com o fato de que não era um “expert” em finanças. Esta constatação veio à tona, com as várias compras descontroladas e pendências no comercio local. Solução e exemplo de ouro. Ele passou por cima do orgulho masculino e delegou as compras da casa para minha mãe. Esta sim, mulher de “tino” comercial apurado, e uma verdadeira calculadora ambulante.
Desta data em diante, as contas se regularizaram e até hoje, após mais de 50 anos de casado, as despesas continuam sendo gerida por D. Conceição. Em se tratando de finanças, pessoais ou corporativas a melhor estratégia para se obter sucesso e alocar a pessoa certa no local certo, aonde cada um desempenha o seu papel, da melhor forma.

Saúde e sucesso a todos que me leem.

Carlos Renato é Contador
crenatoalmeida@gmail.com

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Três Porquinhos e o Lobo Mal

Três porquinhos e o Lobo Mal

Era uma vez três porquinhos, que viviam na economia globalizada e inserida em um contexto de concorrência livre. O nome dos três porquinhos eram Brasil, China e Estados Unidos da America, mais conhecido como EUA.
A história está um pouco diferente, mas o que aconteceu foi algo similar aquela outra estória que você já conhece da época em que era criança.
O porquinho EUA era o mais conhecido, o mais poderoso e esperto. Ele ditava as normas e as leis econômicas para os demais porquinhos, que viviam na floresta chamada economia globalizada. Os porquinhos que não faziam parte da floresta globalizada nem entraram na história, pois eram considerados javalis, ou seja, selvagens.

O porquinho EUA resolveu ganhar muito dinheiro e começou a se arriscar no mercado de doces, mesmo sabendo que o mercado de doces é gostoso, mas muito perigoso e arriscado. EUA resolveu produzir casas de doces, que havia sido recomendado por uma empresa de consultores chamados João & Maria Ltda. As casas realmente vendiam como balas.

Já os porquinhos Brasil e China resolveram também entrar no ramo imobiliário, mas como não tinham tanto dinheiro resolveram fazer casas menos luxuosas e com um numero de produção menor. A matéria prima utilizada era a madeira, devido à facilidade de se encontrar árvores nas proximidades das terras pertencentes ao Brasil e China.

Vários bichos da floresta compravam as casas de doces, por serem bonitas e vistosas, mas não tinham como pagar. Para realizar o pagamento os bichos pediam dinheiro emprestado às baleias que tinham muitas pérolas valiosas extraídas das ostras.

Alguns bichos tiveram a idéia de pedir dinheiro para mais de uma baleia, assim eles pediam dinheiro para as baleias Cachalotes, baleias Orcas e as baleias Azuis, pois como as baleias não iam até as casas doces na floresta globalizada, não sabiam se elas existiam ou não.
Só que um belo dia as gaivotas, que eram as gestoras das carteiras de clientes das baleias, descobriram que os bichos estavam enganando as baleias e contaram tudo o que estava acontecendo na floresta globalizada, para as baleias.
As baleias ficaram muito nervosas por que tinham sido enganadas e começaram a saltar todas juntas no mar. Este movimento marítimo criou uma enorme chuva em toda a floresta globalizada. A chuva derreteu todas as casas doces, sobrando apenas casas de madeira.
As casas dos porquinhos Brasil e China sofreram apenas alguns buraquinhos no teto, já as casas dos EUA todas se derreteram e seus proprietários ficaram bastante tempo sem casa, alguns estão sem casa até hoje. Segundo o porquinho Brasil a chuva foi apenas uma marolinha.


Esta é uma fábula baseada em dados reais, vide crise econômica de outubro/2008.

Autor: Carlos Renato de Almeida.